Ok, Sr DeMille, eu estou pronta para o meu close up!

domingo, 16 de maio de 2010

NOTA

Comentei, na última postagem, que faria atualizações decentes sobre o Festival de Cinema do Recife, o Cine PE. Pois bem, venho somente agora me justificar de tamanha falta por dois motivos: 

1- O festival não valeu a pena ser comentado. Me pareceu caótica a seleção dos filmes exibidos durante os 5 dias de festival que compareci, com exceção do longa 'O bem amado' e de alguns curtas que espero ter a oportunidade de rever para fazer um comentário destacado. A organização do evento vem sendo pior a cada edição, o público idem e, infelizmente, o meu gosto e a minha expectativa para os dias do Cine PE vem enfraquecendo junto com tudo o que diz respeito ao festival. Portanto, são essas as minhas considerações a respeito de tal.

2- Estive em São Paulo na primeira semana do mês e quando voltei para o Recife, além de estar com o sono atrasadíssimo, tive várias questões pendentes para resolver.


Em breve espero ter tempo para fazer as devidas atualizações. ;)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MOMENTO CINE PE


Hoje garanti as minhas cinco entradas para o Cine PE - Festival do Audiovisual. Esse ano, o evento completa 14 anos e vem colecionando um sucesso absurdo de público, crítica e também de inscrições para as diversas categorias que o festival premia todos os anos.
Não gostei muito do desing dos ingressos deste ano, em compensação, o site do evento foi totalmente repaginado e ficou bem mais interativo e prazeroso visualmente. Espero que a organização esteja igualmente impecável. 
Oficialmente, o festival começa dia 26 no teatro do Centro de Convenções, em Olinda. Paralelo ao evento, vários filmes serão exibidos durante a Mostra Pernambuco, no 'recém reinaugurado' Cine São Luiz. A Mostra PE teve os dois primeiros anos na Fundaj e em sua 3ª edição se muda para o São Luiz, que possui melhor capacidade de acomodação. A mostra acontece nos dois dias que antecedem o Cine PE (24 e 25) e é importante salientar que a entrada é gratuita. Portanto, quem não pretende ficar em pé, corra cedo para o teatro. As sessões vão começar a partir das 19h.
A grande espera desse festival, além do longa O Bem Amado de Guel Arraes, que não se insere em nenhuma categoria (Hors concurs), fica por conta dos títulos em destaque: Léo e Bia, longa de Oswaldo Montenegro Recife Frio, do crítico de cinema e cineasta Kléber Mendonça Filho, que trabalhou por muito tempo no Jornal do Commercio e já fez trabalhos bem bacanas como "Vinil Verde" e "Eletrodomésticas". Inclusive, o Kléber disponibilizou recentemente na internet todos os seus trabalhos (com excessão do curta em questão)
Além dos citados, expectativa também para Azul de Eric Laurence e outro título que vem sendo bastante comentadoFaço de mim o que quero (documentário sobre a música brega em Pernambuco) de Sérgio Oliveira e Petrônio Lorena.
Como todos os anos, atores globais são homenageados pela casa e em 2010 é Tony Ramos que recebe a menção (bem merecida). A atriz Júlia Lemmertz, que já fez trabalhos excelentes como Um copo de cólera (1999) drama baseado no livro do brasileiro Raduan Nassar (mesmo escritor de Lavoura Arcaica, que também foi adaptado para a telona) e outros nem tanto, também vai receber homenagem. Ambos devem fazer passagem em algum "filminho" por lá, espero que este ano a globo filmes nos traga algo, ao menos, deglutível.
Bem, os meus ingressos estão garantidos até a sexta-feira e de lá estarei mandando informações para o blog. Por enquanto, não pretendo ir à Mostra PE (espero poder ver os filmes depois do evento) mas nunca se sabe o meu humor no dia, então ainda há uma possibilidade de eu comparecer, e sábado e domingo de Festival estarei viajando... Uma pena perder a chance de ver Tony Ramos de tão perto...  (é sério!).
Os locais de venda dos ingressos estão disponíveis na Home do site, assim como toda a programação do Festival e demais informações.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A SINGLE MAN

Na última sexta-feira (2), fui conferir "A single man". A intenção era fazer um breve comentário a respeito do filme no dia seguinte, porque nunca consigo tragar o filme por completo assim que saio da sessão. Fico mentalizando as cenas e tentando preencher o espaço de dúvidas que me norteiam enquanto recebo as imagens e no fim, consigo dizer o que me atraiu e o que me distanciou do que vi. Bem, nem sempre. De fato, é um engano quando generalizamos qualquer coisa que seja e, cá estou completamente admirada e ainda sem palavras para descrever a sensação que me foi causada assistindo o filme. 

Como havia comentado hoje cedo com uma criatura muito singular, Tom Ford, mesmo sem grande intimidade com o cinema (leia-se em relação às realizações) seduziu com roteiro, imagem e som ideais para contar uma história comum e atemporal. É quase obrigatoriedade comentar a entrada (com o perdão do clichê) 'triunfal' de Ford no cinema. Que ele tem bom gosto, disso ninguém duvida, afinal, mesmo os que não costumam se ater ao mundo da moda, sabe do grande prestígio e credibilidade que o estilista conta. E é nessa aproximação de artes e com muito fino trato que ele define as combinações de "Direito de amar".
Tom Ford é referência como empresário e designer de moda. Tirou a luxuosa Gucci da decadência ao assumir posto na marca e vive com o ex-editor da Revista Vogue, Richard Bucley, há mais de 20 anos. Após o estilista Yves Saint Laurent anunciar o seu afastamento do mundo da moda, Ford subiu alguns degraus e consolidou o seu nome. 
De personalidade rústica, o protagonista do longa nos faz acreditar, em certa altura do filme, que o enredo é uma fotografia embaçada e meramente intencional no que diz respeito à biografia do diretor. A começar pela escolha dos atores, rostos completamente esculturais e no romance incomum entre um professor universitário e o seu companheiro. Talvez tenha um 'quê' de Ford, mas o filme é baseado no romance do escritor britânico Christopher Isherwood, que lançou o livro em 1964, sendo um escândalo na época.
No longa, o belíssimo Mattew Goode (Match Point) e Colin Firth (Love Actually) vivem a história de Jim e George. Juntos há 16 anos, George não se conforma com a morte do amante e resolve se matar. Numa atmosfera despretensiosa, o professor de repente se vê envolvido pelo jovem Kenny (Nicholas Hoult, ator que fez o irritante Marcus de “O grande garoto” ao lado de Hugh Grant) enquanto tenta justificar o motivo pelo qual desistiu de viver. Juliane Moore não deve deixar de ser citada. Delicadas as cenas da Charley. Obviamente que, a mulher, a diva da história, mereceu destaque em todos os atos, especialmente ao lado do Colin, que por si só tem um ar sereno. 
Tudo no filme é devidamente bem calculado e adaptado para dar impressões sensoriais bem definidas. Tom Ford não pareceu ter ou dar limites à construção. A sensibilidade cruel sempre impressa nas passarelas atravessou o lado vil, se incorporou à arte e se dispôs a mostrar todas as suas costuras e os seus remendos, sem nenhuma inibição. 

quarta-feira, 24 de março de 2010

A ÓTICA

A intenção da ótica não é discutir apenas cinema, a ótica vai tentar falar um pouco de tudo, tudo que foi feito e que é feito em vídeo (com um gosto peculiar, é claro). Pequenas, médias e grandes produções merecem o devido destaque, seja ela aquele vídeoclipe produzido para a divulgação de uma banda bacana, iniciante e desconhecida ou aquele vídeo do "trololó" que reflete uma época, uma cultura, uma expressão. E não somente isso... Documentários, produções jornalísticas, curtas, médias e longas metragens. Por fim, a ótica fala do que a câmera registra, às vezes com arte, outras vezes, não.

Um abraço.